terça-feira, 28 de setembro de 2010

Histórias inspiradas no livro As bruxas, ROALD DAHL

A Grã-Bruxa
Luke e sua avó moravam juntos. Ela era uma mulher robusta. Tinha sessenta anos. Adorava fumar charuto. Seu neto era um pequeno menino de dez anos. Muito inteligente. Era loiro e baixo.
Conversavam, quase sempre, sobre bruxas. Sua avó lhe dizia como elas eram. Falava-lhe de suas carecas cheias de brotoejas (por isso usavam perucas), de suas luvas (tinham unhas como garras e precisavam escondê-las), de sua saliva azulada, de seus olhos roxos e de outras tantas características. Mencionou que havia a maior, a melhor, a principal, a rainha das bruxas: a Grã-Bruxa.
A velha senhora disse que a feiura da Grã-Bruxa era tão intensa que assustava até quem já havia morrido. E fora esta mesma mulher desprezível que em certa ocasião lhe mutilara: cortou-lhe o dedo mindinho.
Sua avó havia se esquecido de relatar que os pés das bruxas eram quadrados, ou seja, sem dedos.
Luke e seu amigo Timmy foram brincar em sua casa na árvore. Depois de longa brincadeira, ao descer, viu um par de olhos roxos a brilhar no escuro. Dessa direção veio uma voz:
- Você vai morrer!
Firmou mais o olhar de onde vinha tão tenebroso som e divisou uma bruxa. Ela tinha uma cobra enrolada no pescoço. Usava um chapéu de veludo. Uma pulseira de pele de cobra. Um casaco de guaxinim. Um sapato de pele de jacaré. Uma bolsa de pele de elefante com um fecho em marfim.
A maldita mulher ofereceu a cobra a Luke, mas ele recusou a prenda. A horrenda mulher foi subindo pela árvore. Luke caiu e desmaiou. Timmy já estava a quilômetros de distância.
Ao acordar, Luke sentiu-se muito diferente: havia sido transformado em um rato. Mesmo assim, correu para junto de sua avó. Sorte que ainda podia falar como um humano. Choraram ambos.
Deste dia em diante, tornaram-se caçadores de bruxas, apesar de Luke não adquirir novamente sua forma humana.
(Nathalia Sayuri Oura Trindade - 5º EF I)

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